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Bolsonaro fala que governo “não aceita provocações”

Em evento, chefe do Executivo, que busca a reeleição neste ano, voltou a colocar em suspeição o sistema eleitoral brasileiro

Foto: Anderson Riedel/PR

O presidente Jair Bolsonaro voltou a colocar em suspeição o sistema eleitoral brasileiro, disse não temer o resultado das eleições presidenciais deste ano e destacou que o governo não aceita provocações, sem especificar os autores, nem quais foram. As declarações foram dadas em visita à 48ª Edição da Expoingá, em Maringá (PR), nesta quarta-feira.

“Nós sabemos o que está em jogo. Todos sabem o que o governo federal defende: a paz, a democracia e a liberdade. Um governo que não aceita provocações, um governo que sabe da sua responsabilidade para com o seu povo”, afirmou Bolsonaro.

“A vontade de vocês tem que prevalecer. E todo o meu ministério está empenhado em defender a nossa Constituição e a nossa liberdade. Todos têm que jogar dentro das quatro linhas. Nós não tememos resultado de eleições limpas, nós queremos eleições transparentes, como a grande maioria ou, porque não dizer, a totalidade de seu povo”, completou.

Durante pronunciamento, Bolsonaro avaliou o Brasil como um “país abençoado”, diante da alta registrada nos preços dos combustíveis e em alimentos e a inflação. “Apesar de a inflação estar alta no Brasil, bem como a questão dos combustíveis, na nossa terra os efeitos são menores”, disse.

Puxada pelo valor de alguns alimentos e dos combustíveis, a inflação oficial de preços no Brasil alcançou 12,13% no acumulado dos últimos 12 meses. Trata-se do maior nível para o período de um ano desde outubro de 2003, quando o índice atingia 13,98% na mesma base de comparação.

Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) foram divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontado para o oitavo mês seguido de indicador acima de dois dígitos.

Bolsonaro também comentou o envio de “quase 30” navios russos com fertilizantes para o Brasil. O presidente destacou a ida à Rússia, em fevereiro deste ano, e afirmou que a política externa brasileira “é muito bem-sucedida”.

FONTE R7