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Bolsonaro afirma que revogará pacto de migração da ONU

Presidente eleito ainda fez críticas ao PT e pregou inclusão de índigenas

Presidente eleito ainda fez críticas ao PT e pregou inclusão de índigenas | Foto: Mauro Pimentel / AFP / CP

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou na noite desta terça-feira, em uma transmissão ao vivo no Facebook, que vai revogar o pacto de migração da ONU (Organização das Nações Unidas) assinado pelo Brasil, na segunda-feira. A informação tinha sido divulgada pelo futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, ainda na segunda-feira.

De acordo com Bolsonaro, ele não é contra imigrantes, mas defende que é preciso um critério bastante rigoroso para a entrada no país. O pacto de migração da ONU tem como objetivo reforçar a cooperação internacional para que ocorra um migração “segura, ordenada e regular”.

Cuba e Venezuela

O presidente eleito informou que para a posse estão sendo esperadas 500 mil pessoas. Ele também comentou sobre a retirada dos convites ao presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro para a posse presidencial. “Nós não convidamos o ditador cubano nem o venezuelano. É uma festa de democracia.

Bolsonaro também avisou aos que lhe mandam mensagens de WhatsApp pedindo convites para as cerimônias no Congresso, Planalto e Itamaraty, que isso ficou nas mãos da assessoria de imprensa. “Para o Planalto eu só tenho 30 convites e só de familiares eu tenho 60. Eu nem sei como vão fazer a divisão.”

Fake news

Ele também aproveitou a live para comentar uma notícia de que o PT comprou elogios para campanhas de políticos do partido. “Elogios ao PT não deixa de ser fake news, porque elogiar o PT só pode ser mentira. Bolsonaro ainda disse que o PT o acusou “daquilo que eles fazem”.

Reserva indígena

Novamente, o presidente eleito comentou sobre a demarcação de terras indígenas. Bolsonaro disse que índio “é um ser humano exatamente igual a nós” e, por isso, quer ter acesso a dentistas, internet, eletricidade entre outros. “Quem sabe um dia o Supremo acorde para isso e nos ajude a fazer que essas reservas possam ser exploradas com racionalidade em beneficio ao próprio povo indígena.”