Alguém sabe o significado?
Se acaso não souber, e tenha curiosidade ou queira aprender, leia toda a matéria muito rica em histórias.
BAILE DE COLA ATADA seria uma orgia Gaudéria?
Citando como fonte o Departamento de Comunicadores do MTG, o site Chasque Pampeano explica o que viria a ser um baile de cola atada, tema de uma das músicas de maior sucesso da dupla César Oliveira & Rogério Mello, que diz, lá pelas tantas: “vou tirar china mais linda, pra dançar de cola atada”…
Seria um tipo de festa realizado no Estado no século 20, em local discreto e com estímulo ao consumo de bebidas alcoólicas, na qual os homens ficavam “despidos da cintura para baixo com a camisa atada para trás e, as mulheres, também despidas da cintura para baixo, com o vestido atado nas costas”.
É o mesmo que bregue, bailanta, bate-coxa, em casa de raparigas.
Era assim chamado antigamente quando os homens vestidos de chiripás, dançavam só de ceroulas e com a fralda da camisa atada às costas, imitando a cola do cavalo.
O que seria bailar de cola atada?
Para que se entenda melhor o que é:
Dançar de Cola Atada, é necessário que saibamos que a expressão se refere a uma das formas como antigamente se dançava o ritmo BUGIU.
Bugiu para quem não sabe, é um macaco das nossas matas silvestre, sendo um animal muito astuto, dificilmente se deixa pegar em armadilhas e tem algumas atitudes parecidas com as dos seres humanos.
Das características do macaco, seu ronco forte e seu jeito de andar, criou-se respectivamente: – O gênero musical BUGIU, tocado em princípio em cordeona de voz trocada ou gaita ponto, onde o gaiteiro tentava através do jogo de foles imitar o som do ronco do bugiu.
– A dança do BUGIU, que procura imitar a maneira como o macaco anda, ou seja, de forma desengonçada, em diagonal e dando pulinhos já que o macaco apóia as mãos no chão para se deslocar.O Bugiu era dançado antigamente pelos rincões suburbanos campestres do Rio Grande do Sul nos Bailes de Ralé, em zonas de meretrício onde em certos momentos já sob o efeito das bebias alcoólicas, o par se deslocava e fazia a seguinte figura:
– O homem agarrava a mulher por trás, colando seu corpo ao dela;
– A mulher amarrava a própria saia às costas do homem. Vale lembrar que algumas dessas mulheres não usavam qualquer peça de roupa sob a saia, armação, bombachinha, meia ou calcinha;
Dançando, o par executava a figura que se chamava acasalamento do Bugiu, ou DANÇAR DE COLA ATADA Onde executavam passos que lembram a forma como o animal (macaco) se relaciona sexualmente com sua fêmea.
Por este motivo, o ritmo Bugio demorou a ser tocado e dançado nos Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) que se reuniam as famílias, a sociedade.
Quando o gênero musical começou a ser tocado em ambiente social, dançava-se esta marca com o devido respeito, dentro dos conceitos da melhor e mais alta sociedade, isto é, á moda de cidadão despida de licenciosidade, ou seja, pares enlaçados normalmente, como até hoje persiste nos salões.
Arte: Giovani Primieri
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