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“Auxílio de R$ 600 não poderá ser pago por muito tempo”, diz Bolsonaro

Presidente disse que o pagamento custa R$ 50 bilhões por mês às contas públicas e pediu a reabertura da economia

Foto: Marcos Corrêa / PR / Palácio do Planalto / Divulgação / CP

“Não é dinheiro que está sobrando, estamos nos endividando”, afirmou Bolsonaro 

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, durante sua live semanal em uma rede social, que o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 não poderá ser prorrogado por muitos meses. Nesta semana, foram aprovadas mais duas parcelas do benefício.

“A gente não pode continuar [o pagamento] por muito tempo, são R$ 50 bilhões por mês. Não é dinheiro que está sobrando, estamos nos endividando”, afirmou.

O presidente também pediu a prefeitos e governadores a reabertura da economia. ”Coube a nós apenas mandar dinheiro para governos e municípios”, disse em tom crítico à decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que deu autonomia a prefeitos e governadores para decidir a respeito dos planos de reabertura.

Bolsonaro ainda lamentou a “destruição de empregos” durante a pandemia do novo coronavírus. “Nós sabemos que 38 milhões de informais tiveram a renda caindo a zero ou reduzida drasticamente”, disse ele ao citar dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que apurou a redução de 80% de seu poder aquisitivo dos informais.

Ao lado do presidente na live, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse que o banco trabalha no calendário de pagamento das duas parcelas adicionais do benefício.

“Na média, as pessoas estão ganhando R$ 900, porque os líderes de família estão ganhando R$ 1.200”, afirmou. Segundo Pedro Guimarães, o auxílio tem impacto positivo maior nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.