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Atirador de Campinas não tinha antecedentes criminais

Polícia investiga com quem Euler Grandolpho morava e possíveis motivações para crime

Polícia investiga com quem Euler Grandolpho morava e possíveis motivações para crime | Foto: Ari Ferreira / AFP / CP

O atirador que matou quatro pessoas, nesta terça-feira em Campinas, foi identificado como Euler Fernando Grandolpho. Segundo o delegado José Henrique Ventura, diretor do Departamento de Polícia Judiciária São Paulo Interior 2 (Deinter 2), Grandolpho era de Valinhos, também no interior de São Paulo, e não tinha antecedentes criminais.

“A profissão dele, ao que parece, era analista de sistemas”, disse em entrevista coletiva na tarde desta terça. “Com a identificação, vamos investigar agora a motivação (do crime).” Em uma mochila, investigadores encontraram a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de Grandolpho, emitida em Valinhos, no interior. Segundo as investigações, não havia carta ou bilhete escrito sobre o ataque.

A polícia investiga onde e com quem Grandolpho morava. “O vídeo que temos (mostra) ele dentro da igreja, o que prova que estava sozinho”, disse Ventura. Segundo o delegado, o atirador nunca havia sido visto na igreja. A catedral fica na região central de Campinas, e houve corre-corre na hora do ataque, principalmente na Rua 13 de Maio, uma das mais movimentadas do comércio local. Para a polícia, a ação foi premeditada. “Ele não chegou atirando. Ele estava sentado, parado e quando se levantou começou a atirar nas pessoas”, disse o delegado Hamilton Caviola Filho, do 1º DP de Campinas, responsável pelo policiamento na região.

Para o delegado, o atirador demonstrou não ser iniciante com arma de fogo. “Durante o ataque, ele consegue fazer a trocar de pente caminhando, com certa facilidade. Se não tiver experiência, a arma acaba emperrando.” Houve uma missa na catedral às 12h15min. As imagens das câmeras de monitoramento da igreja mostram o homem sentando nos fundos e analisando o ambiente. Depois de algum tempo, ele se levanta e passa a disparar contra os fiéis que estavam na catedral com uma pistola calibre .40mm e um revólver calibre .38mm. O atirador, que estava sem documentos, tinha ainda dois carregadores.

As vítimas foram quatro homens: José Eudes Gonzaga Ferreira, Elpidio Alves Coutinho, Sidnei Vitor Monteiro e Cristofer Gonçalves dos Santos.

Correio do Povo