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Argentina e China assinam contrato para construir usina nuclear

Instalação de R$ 42 bilhões ficará localizada em Lima, cidade a 100 km da capital do país, Buenos Aires

Argentina já possui três usinas nucleares que produzem 7,5% da energia elétrica do país 

Argentina e China assinaram nesta terça-feira um contrato para a construção de uma quarta usina nuclear no país sul-americano, por um investimento de 8 bilhões de dólares (R$ 42 bilhões), informou a agência pública de notícias Télam

O anúncio da construção da usina de Atucha III, que ficará localizada em Lima, 100 km ao norte de Buenos Aires, foi feito na véspera da viagem oficial do presidente Alberto Fernández a Pequim, de 4 a 6 de fevereiro.

Segundo o acordo firmado entre a estatal Nucleoelétrica Argentina e a Corporação Nuclear Nacional da China, a construção da usina tipo HPR-100, com 1.200 megawatts de energia elétrica (MWe) de potência bruta e vida útil de 60 anos, criará 7.000 empregos e 40% de fornecedores argentinos.

A China, segundo parceiro comercial da Argentina, fornecerá a engenharia, construção, aquisição, início e entrega do Atucha III, cujo reator utilizará urânio enriquecido como combustível e água clara como refrigerante e moderador.

A Argentina, pioneira regional nesse campo há meio século, possui outras três usinas nucleares (Atucha I e II, também em Lima, e Embalse, em Córdoba, no centro do país), que fornecem até 7,5% de energia elétrica no país, segundo estimativas privadas.

O presidente da Nucleoelétrica Argentina, José Luis Antúnez, disse que a nova usina ajudará o país a “abastecer a demanda de eletricidade com energia básica, limpa, segura e sustentável, e combater os efeitos das mudanças climáticas que afetam o planeta”.

Correio do Povo