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Aprovação do ICMS dá tranquilidade e garante pagamento em dia em setembro, afirma Sartori

Governador, no entanto, deixou dúvida sobre parcela da dívida com União

                                       Foto: Paulo Nunes
A aprovação dos projetos encaminhados à Assembleia Legislativa, em especial o queaumenta a alíquota do ICMS, dá tranquilidade para o governo do Estado, afirmou o governador José Ivo Sartori em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, nesta quarta-feira. Sartori disse ainda que a medida praticamente garante o pagamento em dia do funcionalismo estadual no mês de setembro. 

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“Aprovação do projeto do ICMS é importante e, para mim, era difícil. Eu dizia que só iria mudar o ICMS se a sociedade pedisse. Prefiro ser sincero para dizer que foi uma questão de necessidade. Isso nos dá um alívio, assim como um pequeno alívio é a votação dos depósitos judiciais com redução dos juros de 50%. Nos dá um pouco de tranquilidade, o que dá para afirmar que pelo menos no mês de setembro parece que dá para garantir que a folha estará em dia”, declarou Sartori.

As decisões da Assembleia, no entanto, podem não ser suficientes para garantir o pagamento da parcela da dívida com a União em dia. Sartori ressaltou que o Estado deixou de fazer repasses, que precisam ser ajustados. “Para trás ficou muita coisa. Faltam fornecedores que não foram pagos, outros credores, municípios, as Santa Casas. Tem um déficit operacional que é muito grande e tem de ser colocado em dia”, disse.

Nesta quarta-feira, o governo do Estado anunciou que ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma nova ação para rever a dívida com a União. O governador destacou que a revisão da dívida será fundamental para o futuro do Rio Grande do Sul, que vai além da gestão atual. “Rever este contrato é vital para a sustentabilidade financeira do Rio Grande do Sul. Era importante começar este processo de maneira imediata, independente da aprovação do ICMS. Existem outras lutas importantes na nossa caminhada”, afirmou. 

Ainda sobre a aprovação do reajuste do ICMS, Sartori afirmou que sua vontade era de aprovação do aumento sem tempo determinado, mas que o período de três anos foi o possível para garantir apoio da base aliada. 

“O que estou trabalhando e fazendo como governador é que o próximo tenha mais tranquilidade para poder tratar de todas as questões. Ele tem que se voltar para a sociedade e não para si. Por isso defendia que não fosse temporal, que o próximo tivesse um tempo adequado, mas fui convencido pela organização interna de todos os partidos. A discussão envolveu organizações empresariais. Acharam que fosse durante o nosso período de governo e fui obrigado a acatar”, finalizou. 
Correio do Povo