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Após atendimento a Huck e Angélica, Samu acusa Santa Casa de esconder leitos

  Coordenador do Samu disse que hospital furou fila do SUS; Santa Casa nega

Após o atendimento a Luciano Huck e Angélica, o coordenador do Samu, Eduardo Cury, acusou a Santa Casa de esconder leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Cury declarou ainda que desde ontem o hospital está negando atendimento, alegando falta de vagas.
De acordo com o coordenador do Samu, a Santa Casa teria negado leito a seis pacientes. “Fiquei muito decepcionado de ver que de repente a Santa Casa fecha uma UTI cardíaca para receber o Luciano Huck e Angélica. Estamos com pacientes entubados e ventilados a mão a mais de 12 horas esperando atendimento. Porque que eles passaram na frente dos outros?”, indaga.
O coordenador do Samu acusou o hospital de esconder leitos. “Não tinha leito a semana toda e de repente fazem essa ação toda. Então estão guardando leito, escondendo para quando precisar atender alguém importante”.
Fila do SUS
O coordenador do Samu ainda destacou que o casal foi atendido pelo SUS. “É um absurdo.Não tenho nada contra eles, mas eles não precisam disso. E se foram atendidos pelo SUS tinham que ter sido regulados pelo Samu. Temos muitos pacientes humildes que estão aguardando também. Não sou contra, só queria que todos tivessem direitos iguais”.
Cury afirmou que a fila do SUS é organizada pelo Samu e pela central de regulação do Estado. “Nenhum dos dois foi consultado.Usaram recursos a mais, que estão sendo negados, para quem não precisava.  E estão fazendo isso com o dinheiro do contribuinte. Quem vai pagar tudo isso somos nós, nosso imposto. Não podem se apropriar da Santa Casa. Ela é do povo de Mato Grosos do Sul, de Campo Grande. Quero saber quem vai pagar essas despesas”, finalizou.
 Santa Casa nega acusações
A Santa Casa publicou nota de esclarecimento garantindo que em momento algum negou ou recusou atendimento a qualquer pessoa que tenha procurado o hospital. Confira a nota na íntegra abaixo.
Em momento algum a Santa casa negou ou recusou atendimento a qualquer pessoa que porventura tenha procurado o hospital ou encaminhada para assistência pelos entes reguladores.
Tanto isso é verdade que apenas no dia de hoje (24 de maio), até as 17h, um total de 100 atendimentos foram realizados, inclusive 12 encaminhados pelo SAMU, dois pelo Corpo de Bombeiros e seis por ambulâncias do interior, mesmo estando esgotada a capacidade do hospital para pacientes críticos dependentes de respiração artificial.
A Santa casa reitera que pacientes que necessitam de atendimento na referência exclusiva do hospital (politrauma, neurocirurgia e queimados), bem como aqueles não dependentes de respiração artificial, continuam sendo acolhidos na mais absoluta normalidade.
Os familiares do apresentador Luciano Huck, na condição de vítimas de acidente aéreo (possíveis politraumatizados não dependentes de respiração artificial), deram entrada no pronto-socorro do hospital de forma espontânea, sem nenhum encaminhamento por parte dos órgãos reguladores.
Foram atendidos tal qual são atendidos todos os pacientes com esse perfil que buscam ou são encaminhados ao hospital, tendo sido inclusive atendidos pelo SUS.
Com relação à vítima do mesmo acidente que foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento, se este se encontra neste local tal decisão se de por orientação do próprio coordenador do SAMU, ou por decisão do ente regulador.
O mesmo se dá com relação aos seis pacientes sobre os quais o coordenador alega que tiveram atendimento recusado. Cabe ao regulador municipal, enquanto autoridade sanitária, decidir pela melhor assistência ao paciente. Se estes se encontram na UPA porque o regulador decidiu que diante das circunstâncias, esta unidade é o local disponível mais indicado.
É oportuno ressaltar que os 96 leitos de UTI do hospital encontram-se ocupados e 7 pacientes dependentes de respiração artificial aguardam, internados na Santa Casa, vagas em leitos de UTI.
A Santa casa lamenta pela forma oportunista e midiática como o caso foi tratado pelo coordenador do SAMU, e reitera que suas portas estarão sempre abertas para atender quem quer que seja, independente de posição social e econômica.