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Após alegar falta de segurança, Dilma admite que pode viajar em voos comerciais para denunciar ‘golpe’

Governo Temer restringiu utilização de aeronaves da FAB apenas a deslocamentos entre Brasília e Porto Alegre

Depois de publicar nota, nesse fim de semana, alegando falta de segurança para viajar em voos comerciais, a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) informou, nesta segunda-feira, que vai seguir percorrendo o Brasil para denunciar o que chama de “golpe”, indiferente de utilizar ou não a aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), com a qual se desloca entre Brasília e Porto Alegre. De acordo com a assessoria da petista, caso o governo interino mantenha a negativa, Dilma admite cumprir agendas por meio de voos comuns. Nesse caso, os custos serão arcados por ela.

Ainda na sexta-feira, em discurso em Porto Alegre, Dilma lembrou que a Constituição garante ao presidente afastado o direito a utilizar a aeronave. “Houve uma decisão da Casa Civil ilegítima, provisória e interina, cujo objetivo é proibir que eu viaje. É um escândalo que eu não possa viajar para o Rio, para o Pará, para o Ceará… Isso é grave. Eu não posso, como qualquer outra pessoa, pegar um avião (comercial). Tem de ter todo um esquema garantindo a minha segurança, pela Constituição. É a Constituição que manda. Estamos diante de uma situação que vai ter de ser resolvida. Eu vou viajar!”
Um parecer da Casa Civil restringiu o uso do avião da FAB para os deslocamentos de Dilma entre Brasília e Porto Alegre, cidade onde a petista mantém parentes e um apartamento. O entendimento é de que, afastada do cargo, a presidente não precisa cumprir compromissos oficiais que demandem deslocamento aéreo. O ofício teve que passar pelo crivo do presidente interino, Michel Temer.
Depósitos alimentares
Nesta segunda-feira, o Palácio do Planalto também confirmou que foram depositados os recursos do cartão de suprimento que financia a alimentação da presidente afastada e da equipe que trabalha com ela no Palácio da Alvorada. Desde 1º de maio e até esse final de semana, nenhuma quantia para as despesas alimentares havia sido repassada. A regularização do benefício foi confirmada pela Secretaria de Governo do governo interino. O total depositado ainda não foi revelado.
Durante a passagem pela Capital, nesse final de semana, todos custos desse tipo foram mantidos com recursos pessoais da presidente. A suspensão no repasse foi definida pela equipe do presidente em exercício. A justificativa do Palácio da Alvorada é de que as verbas foram bloqueadas para “análise jurídica”. Desde o afastamento temporário, Dilma conta com trabalho de 15 assessores.
Radio Guaíba