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Amor a Pátria

Tem se tornado comum utilizar a bandeira nacional em momentos de comoção, de torcida por jogos mundiais ou lutas partidárias.

Faz-se, então, do símbolo da Pátria um verdadeiro escudo, chegando-se inclusive a enrolá-la no próprio corpo, à guisa de vestimenta.

Agitam-se o verde e o amarelo em dias de euforia ou de profunda tristeza.

Apesar de tais manifestações explosivas, o que se verifica, no dia a dia, é um grande desamor ao solo pátrio.

Não é raro se ouvir afirmações pejorativas sobre o País, e as palavras: subdesenvolvido, terra de ignorantes e país de terceiro mundo surgem abundantes.

Faz-se referências aos problemas do País, comparando-o com o velho mundo e sua cultura.

Preciso é que não esqueçamos de que o Brasil é ainda um adolescente, com pouco mais de 500 anos. O velho mundo conta com milênios de experiência. Natural que o adolescente, pela própria fase de autoafirmação, apresente turbulências e desacertos.

O de que carecemos é assumir verdadeira postura patriótica, que não significa simplesmente encher a boca e falar: Sou brasileiro, quando o País se encontre às vésperas de disputar campeonatos internacionais ou se destaca em algum outro campo.

Importante que tomemos consciência de que o País melhor somente se construirá a partir das consciências individuais esclarecidas e operantes.

Não podemos almejar que a corrupção desapareça do meio público se, em nosso lar, no relacionamento interpessoal, agimos como corruptos. Quem pode, em sã consciência, afirmar que trabalha pelo bem da comunidade brasileira?

Que temos feito para melhorar o padrão cultural do povo? Temos nos empenhado em alfabetizar um adulto? Temos nos oferecido para apadrinhar uma criança, permitindo-lhe o livre acesso à escola que a instrua?

Temos nos oferecido como voluntários para aprimorar o padrão de urbanismo em nosso bairro? Colocamos o lixo bem acondicionado em sacos, para evitar a exalação do mau cheiro, tanto quanto facilitado a tarefa dos nossos conterrâneos lixeiros?

Temos respeitado as leis ou ainda somos discípulos da doutrina do jeitinho brasileiro?

O País é sempre o retrato dos que o compõem. Feliz ou infeliz, nobre ou vil, é a soma dos indivíduos que nele se nutrem.

Honrados com a chance de habitar um País tropical, Coração do mundo e Pátria do Evangelho, cabe-nos o dever inadiável de realizar o melhor, por mínima parcela de gratidão que seja.

Quando assim procedermos teremos aprendido a lição do amor à Pátria, a terra em que renascemos ou que nos adotou. Nesse dia, sem medo, nos será permitido cantar com o compositor popular: Meu coração é verde, amarelo, branco, azul-anil…

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Pelo processo da reencarnação habitamos países diferentes, em vidas diversas.

Isto nos dá a nota da fraternidade que deve reger as relações entre os povos.

Também a da gratidão para cada rincão que nos recebe, proporcionando-nos a possibilidade de renascimento que, em síntese, é sinônimo de progresso.