Vitória do peronista sobre o liberal Mauricio Macri ocorreu com vantagem inferior a projetada
O peronista de centro-esquerda Alberto Fernández se elegeu presidente da Argentina com 47,36% dos votos contra 41,22% para o presidente Maurício Macri, após 75,46% das urnas apuradas, neste domingo.
Para vencer no primeiro turno na Argentina, o candidato precisa ter 45% dos votos ou 40% mais dez pontos de vantagem sobre o segundo colocado.
Quando a apuração passou dos 90%, a vantagem ampliou-se um pouco, tendo Fernández 47,76% e Macri, 40,76%. Desde a realização das prévias, a vitória de Fernández era previsível – na ocasião, Fernández teve 49,4% e Macri, 32,9%. Ao se confirmar neste domingo, a vitória ocorreu com vantagem inferior à esperada.
Com o resultado, Fernández, um advogado de 60 anos, assumirá em 10 de dezembro a Presidência de um país mergulhado em uma grave crise econômica. A ex-presidente Cristina Kirchner compôs a chapa vencedora. Atual senadora, ela será a futura vice-presidente do país.
Neste domingo, os argentinos também votaram para renovar metade dos deputados e os senadores de oito províncias. O resultado final deve indicar uma polarização entre o macrismo e o peronismo na Argentina, como por exemplo em Buenos Aires, onde o apoiador do atual presidente, Horacio Rodríguez Larreta, foi eleito prefeito. Já na província, Axel Kicillof, ex-ministro de Cristina Kirchner, foi eleito governador.