O advogado Ricardo Giuliani, que atua na defesa do deputado Diógenes Basegio (PDT) na Assembleia Legislativa, comentou durante entrevista na Uirapuru, o parecer apresentado pelo deputado Elton Webber (PSB) pela sequência do processo de cassação e a votação em plenário pelos 55 parlamentares.
Destacou que embora tenha discordado da conclusão, o relatório reconduziu o processo aos fatos que o deputado está se defendendo, dentro da racionalidade. “A verdade sobre o processo vinha sendo escondida ou distorcida pela mídia e através de especulações a partir do jogo para a torcida promovido desde que essa questão passou por análise na Comissão de Ética, pelo seu presidente Juliano Roso e pelo relator Enio Bacci“, afirmou.
Giuliani citou que muitas coisas que são divulgadas não fazem parte do processo a que Basegio está sendo investigado, que na Assembleia se resumem a manter funcionária fantasma em gabinete e ser omisso com as irregularidades praticadas pelo então chefe de gabinete Neuromar Gatto. “O parecer da CCJ nos trouxe alento e uma esperança que a partir de agora esse processo tome outro rumo”, disse.
O advogado afirmou ainda que desde o início, a defesa de Basegio e o próprio parlamentar, em respeito aos seus milhares de eleitores, admitiu as falhas e que elas devem ser apenadas. No entanto, foi enfático ao dizer que a pena máxima, ou seja, a cassação do mandato é desproporcional ao dolo cometido. “O direito não é nada mais que bom senso. Não é possível num processo ter apenas duas hipóteses: absolvição ou pena de morte. Não é assim que o sistema jurídico opera”, registrou.
Ricardo Giuliani disse que ainda há tempo para que a Assembleia Legislativa corrija os erros que a defesa já apontou no processo que está em tramitação. “Se isso não ocorrer e a perda do mandato for confirmada no plenário, o judiciário será acionado na busca de que se imponha uma pena justa para o deputado”, finalizou.
O caso será retomado na CCJ na próxima terça-feira (27), quando haverá a votação do parecer elaborado por Elton Webber. Se for aprovado, o processo segue para votação no plenário da Assembleia Legislativa.
Radio Uirapuru