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A incrível capacidade de passar vergonha – Viviane M Foresti

A incrível capacidade de passar vergonha
Mais uma vez, sou motivo de riso, e dessa vez em plena rua da Praia.
Pois é! Me acontecem coisas inacreditáveis, que, nem se eu planejasse conseguiria me meter em uma cena tão ridícula, digna de uma pegadinha do Silvio Santos.
Lá estava eu, na C&A da Rua da Praia, em busca de roupas para meus 5 netos.
Olhei, olhei, fotografei algumas ( tempos modernos) e acabei saindo de mãos vazias.
Mais ou menos!
Andei meia quadra, quando ouvi alguém gritando atrás de mim: SENHORA, SENHORA!
Ignorei! Certamente não seria comigo , tão jovem de espírito.
Mas o “rapazote”, como diria minha falecida sogra, insistiu e se aproximou.
Em guarda, já agarrei minha bolsa, temendo um assalto.
Olhei para trás desconfiada, só para ver a criatura rindo e apontando para minhas costas. Me virei sem entender nada e no movimento, algo se mexeu, e para meu espanto -pasmem- havia saído da loja, com um cabide e um vestido infantil nas costas, presos na alça da minha bolsa.
A essas alturas o povaréu estava rindo, e eu querendo sumir do mapa Porto-alegrense, engolida pelo calçamento de granito da Rua dos Andradas.
Se tivesse planejado roubar algo, com certeza o alarme teria soado e o fiscal me pego na saída. Um vexame, certamente!
Mas não, tive a capacidade de sair da loja com um cabide nas costas, como se fosse invisível.
Envergonhada, deixei a platéia rindo e voltei para a loja.
Expliquei o acontecido e devolvi o vestido para uma atendente com cara de pouco caso, que não estava entendendo porque eu estava devolvendo uma mercadoria que ninguém havia reclamado.
Moral da história: muitas vezes, fazer o certo pode ser confundido com burrice.
VMF