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quinta-feira 25 abril 2024
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“Vou rejeitar os pedidos de impeachment contra Temer”, diz Maia

Presidente da Câmara afirmou peemedebista tem que agradecê-lo por não tê-lo derrubado no Planalto

“Vou rejeitar os pedidos de impeachment contra Temer”, diz Maia | Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados / CP

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que vai rejeitar todos os 25 pedidos de impeachment contra o presidente Michel Temer que estão parados em sua gaveta. Segundo a sua argumentação, após ter sido leal a Temer nas duas denúncias, não faz sentido atuar agora contra o governo. Maia também afirma que o presidente tem que “agradecer muito” pelo fato de ele não ter agido para derrubá-lo do Palácio do Planalto.

“Eu poderia, na minha primeira legislatura, ter trabalhado dizendo o tempo todo que o governo não me ajudou, porque ele só apoiou a minha candidatura nas últimas 24 horas. Mas eu abracei a agenda do governo porque eu acredito na agenda da equipe econômica. Não foi uma questão de “eu sou governo”, disse.

“Agora, eu não misturo as coisas: o presidente da República e o presidente da Câmara têm uma relação institucional muito boa e essa relação se mantém boa. Mas, o que eu estou dizendo, como presidente da Câmara, é que a relação não será uma relação amanhã igual a que foi antes das duas denúncias se o governo não reorganizar a base”, acrescentou.

Sobre os pedidos de impeachment enviado contra Temer, Maia afirmou que vai rejeitar todos no momento adequado no plenário. “A rejeição vai dar direito a um recurso, e esse recurso tem que ser em um ambiente em que a Câmara esteja mais tranquila, para que não tenha uma votação que possa ser distorcida em relação a sua realidade”, informou. “Vou criar um novo ambiente para votação do recurso agora, logo depois da denúncia? É só ter calma. A Câmara não pode parar para julgar pela terceira vez a mesma coisa. O Brasil não suporta isso”, ponderou.

A Reforma da Previdência, segundo Maia, para ser aprovada precisa de patrocínio do governo federal. “Por isso que digo que as próximas semanas serão decisivas para a gente entender qual verdadeiro tamanho do governo na Câmara. Mas, com certeza, a reforma da Previdência não será a que a equipe econômica sonhou, que a gente sonhou”, lamentou.

Ser candidatado à presidência da república está longe dos planos do parlamentar. Segundo ele, só seria possível sonhar com eleições presidenciais quando aparecer com 7% ou 8% nas pesquisas com eleitores. Eu tenho que respeitar o eleitor e acho que, na posição que eu estou, tenho alguma chance de recompor a aliança e continuar na presidência da Câmara. É um caminho, e é um caminho de muito poder, é algo que, neste momento, tem mais probabilidade do que eu construir uma candidatura presidencial forte”, contou.

Maia acredita que tudo é possível dentro da política, inclusive coligações entre partidos como, por exemplo, DEM com PT. “Mas, quando você faz coligação, você fortalece o projeto futuro dos outros, por isso que o PSDB vem conseguindo liderar o nosso campo, porque toda eleição, a gente não teve coragem de lançar um candidato, apoiou o PSDB, e o PSDB foi ganhando musculatura”, disse.

Correio do Povo




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