Apenados envolvidos no caso teriam vasta ficha criminal
A Polícia Civil investiga se o plano de fuga envolvendo dois apenados da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) é verídico ou se foi feito na tentativa de prejudicar os presos.
Na tarde desta quinta-feira, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa de pessoas ligadas aos dois homens que são mantidos na Pasc.
O delegado que investiga o caso, Marco Schalmes, explica que a Polícia Civil foi avisada por policiais do 28º Batalhão de Polícia Militar, sobre um automóvel Kia Cerato que estaria parado nas proximidades da Pasc e, logo em seguida, foram pedidas diversas medidas cautelares na Comarca de Charqueadas, que foram deferidas.
Ele revelou que dificilmente o plano teria êxito, visto o forte aparato de segurança que existe na cidade. “Se realmente for verídica essa tentativa de fuga, não haveria êxito, pois as forças policiais de Charqueadas são bem atuantes e possuem um grande efetivo, entre Brigada Militar e Susepe, na questão da guarnição dos estabelecimentos prisionais”, afirmou.
Entenda o caso
O efetivo do 28º Batalhão de Polícia Militar localizou, na manhã desta quinta-feira, um Kia Cerato, de cor prata, que estava no acostamento da ERS 401, em Charqueadas. No interior do veículo, os policiais militares encontraram um plano de fuga, com mapas, detalhes e esquemas do ataque e rotas de fugas, bem como imagens da Pasc. Dois coletes balísticos e munições também foram apreendidos. Não houve prisões.
Conforme o plano, um posto de combustível seria explodido às margens da rodovia, perto da ponte sobre o rio Jacuí, na região onde fica o complexo prisional de Charqueadas.
Explosivos seriam detonados junto à Pasc. Grupos fortemente armados com fuzis e pistolas atirariam na guarda externa do estabelecimento prisional e fariam a contenção no entorno.
Já um helicóptero realizaria o resgate do apenado em local previamente definido nas imediações. Um caminhão tanque seria incendiado para impedir a aproximação de viaturas. A rota da possível fuga dos envolvidos incluiria Lajeado e Ronda Alta, sendo citada até a cidade paraguaia de Ciudad del Este, na fronteira com Foz do Iguaçu, no Paraná.
