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sexta-feira 29 março 2024
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Lava Jato de Curitiba nega que operação tenha “caixa de segredos”

Procurador-geral da República, Augusto Aras, criticou a força-tarefa e disse que a ação tem “38 mil pessoas com seus dados depositados”

“Não se pode imaginar que uma unidade se faça com segredos, com caixa de segredos”, afirmou Aras 

Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba (PR) repudiaram nesta quarta-feira as afirmações feitas pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, de que a operação tenha uma “caixa de segredos”.

“A ilação de que há caixa de segredos no trabalho dos procuradores da República é falsa, assim como a alegação de que haveria milhares de documentos ocultos”, dizem os procuradores em nota.

Aras declarou, na terça-feira, durante webconferência promovida pelo grupo Prerrogativas, que o Ministério Público Federal (MPF) tem, em todo seu sistema, 40 terabytes.

“Para o funcionamento do seu sistema, a força-tarefa de Curitiba tem 350 terabytes e 38 mil pessoas com seus dados depositados, que ninguém sabe como foram escolhidos. Não se pode imaginar que uma unidade se faça com segredos, com caixa de segredos”, afirmou Aras.

Os procuradores argumentaram que não há documentos secretos ou insindicáveis. “Os documentos estão registrados nos sistemas eletrônicos da Justiça Federal ou do MPF e podem ser acessados em correições ordinárias e extraordinárias”, disseram.

“É falsa a suposição de que 38 mil pessoas foram escolhidas pela força-tarefa para serem investigadas, pois esse é o número de pessoas físicas e jurídicas mencionadas em relatórios de inteligência financeira encaminhados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) ao MPF, a partir do exercício regular do seu trabalho de supervisão de atividades suspeitas de lavagem de dinheiro”, argumentam.

A nota classifica, ainda, os demais participantes da webconferência. “Advogados que patrocinam a defesa de influentes políticos e empresários investigados ou condenados na operação Lava Jato”. Por fim, defendem ser “essencial que as instituições garantam a independência funcional dos membros do MP”.

O PGR voltou a falar sobre o embate que trava contra a Lava Jato em reunião virtual com o Muda Senado, grupo de senadores independentes favorável à pauta anticorrupção, na tarde desta quarta-feira.

Aras respondeu: “Queremos fortalecer o combate à corrupção. E precisamos apenas corrigir rumos ante desvios das forças tarefas, inclusive pretendemos aumentar o número de procuradores, servidores e meios materiais. Estou disponível para esclarecer os fatos.




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