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sexta-feira 19 abril 2024
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Família Perone, Casa Velha – Humberto Paris

MEMÓRIAS DE SARANDI 9

Época: Década de 1950 a 1970

Humberto Tesser Paris

FAMÍLIA PERONE – CASA VELHA

Os Perone moravam na mesma rua Julia Mailhos, uma quadra depois de onde vieram morar na casa que aparece na foto.

Da casa antiga eu tenho 2 lembranças: havia uma árvore com 2 galhos distintos formando uma forquilha. Em um dos galhos dava pêssego e no outro ameixa e tinha um papagaio chamado louro que ficava assoviando “fiu-fiu” pras moças que passavam pela rua.

Um dia uma moça foi tirar satisfação do Nene (Horizontino), dizendo que ele é que estava assoviando.

O desejo dela é que o Nene confessasse que fosse ele e não o papagaio.

Com a saída dos Perone, a casa foi demolida e construída outra com uma bodega junto.

Nessa casa moraram algumas famílias. Dentre elas morou o meu amigo Gilson Rakse.

Aquele que tinha ou tem negócio de artefatos de cimento na avenida Sete de Setembro.

Morou depois o meu amigo Célio, que tinha uma banda que tocava nos bailes da cidade, do interior e em outros municípios da redondeza. O baterista (infelizmente não lembro o nome) era meu amigo.

A bateria era nas horas vagas, pois ele entregava leite, montado no cavalo.

Sabíamos que ele estava chegando na nossa rua quando ouvíamos seu grito ao longe: “é-oh!, é-oh!”.

FAMÍLIA PERONE – CASA NOVA

A mudança para a casa nova estreitou ainda mais o relacionamento deles com nossa família, pois ficaram em frente a nossa casa.

Vivenciamos histórias infinitas.

Na rua Paulo Dal’Oglio, na quadra da minha casa, praticamente não passavam automóveis.

Perigava passar mais carroças.

Com isso, uns 3/4 da rua era gramada, propiciando lugar ideal para se brincar.

Jogos de bola, peteca, bolita, pega-pega, esconde-esconde e até sapata.

Na porta da esquina da casa havia um salão que ficou muito tempo vazio. Ali brincávamos de apagar a luz e, no escuro total, um ficava encarregado de tocar alguém, pois assim passaria para essa pessoa a missão de procurar, entre outras brincadeiras.

O degrau da casa na esquina era ponto de encontro da vizinhança. Quem chegasse primeiro, ficava sentado esperando, que certamente iria aparecer alguém.

Todos os Perone eram meus amigos, principalmente (em ordem decrescente) Tidio, Jorge, Zita, Roque e a Ana Hulda Perone.

Uma vez eu e o Roque construímos um túnel no barranco em frente a minha casa. Um dia a vaca dos Perone passou por cima dele e afundou um pedaço. Daí passamos a ter um túnel com janela.

Foram muitas histórias que algumas serão contadas no futuro.

Contribuição do Carlos Rogerio Machado. Novas fotos “antigas”.




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