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sexta-feira 29 março 2024
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AONDE QUERO CHEGAR? Luiz Carlos Prates

AONDE QUERO CHEGAR?

O grande sonho do vadio é não trabalhar, mas alguém tem que perguntar ao vadio como ele vai se virar para comer, vestir-se, ir ao médico, pagar aluguel, andar, enfim, para lá e para cá respirando saúde e até gozando de uma certa felicidade…
Os pais, se não forem vadios, preguiçosos, realidade da imensa maioria, têm por “obrigação” educar os filhos para o trabalho e, o mais importante, enfatizar a eles que o trabalho nunca foi maldição divina. Se um “deus” punisse a quem quer que seja com trabalhos esse seria um demônio e não um deus. Quem inventou a história de resgatarmos pecados como o suor do rosto foram os grandes donos de terra do passado, foram os reis e rainhas que tinham muito interesse no “crescei e multiplicai-vos”… Claro, crescei e multiplicai-vos para que os pobres que não tinham informação e estudos fizessem filhos sobre filhos para alimentar a produção dos bastardos do poder… Só isso, nunca foi castigo ou vontade divina. Ora bolas, castigos e vontades divinos, ora bolas!
Mas, leitora, não estou de graça nesta charla. Ocorre que uma bisca andou pensando em alterar os códigos de aposentadorias no Brasil para beneficiar, não sei da razão, as mulheres. O idiota e os idiotas que estão com ele querem reduzir o tempo de trabalho das mulheres, elas que já se aposentam bem antes dos homens.
Não vejo nenhum benefício nessa estupidez gravemente discriminatória contra os “burros de carga”, os homens. As mulheres vivem mais que eles, têm mais saúde, têm mais iniciativas, são mais sociais, geram filhos e “precisam” muito mais de dinheiro do que pensam. O futuro das mulheres hoje é o casamento, para a escandalosa maioria, fique bem claro… São raras as independentes e que não querem um bermudão lhes dando ordens e pagando as contas. Que conversa é essa de mulheres trabalhando menos e se aposentando antes? E não fique alguma delas de cabelo em pé, quem não gosta de trabalhar sabe bem o que é… Lá em cima está a definição. Ué, gente, igualdade é bom e deve ser para todos. E os idiotas em Brasília que vão achar o que fazer, vadios.
ELA

Conheço uma mulher, quase 70 anos, que trabalhava por muito tempo numa farmácia. Vivia falando mal da farmácia e dos donos da farmácia. Fez, pintou e bordou, sempre fez isso. Vivia criando casos como empregada. Até que foi para o merecido olho da rua, no início de dezembro. Rua! Agora anda chorando pelos cantos e pressionando uma filha para que lhe pague o aluguel que ela mesma pagava quando trabalhava. Quer dizer, tem gente tão estúpida que só se dá conta da graça quando perde a graça. É a maioria escandalosa, como sempre digo. Pena? Nenhuma. Nojo.

FOLGA

Há muita gente que embroma no Brasil. Embroma. Gente que ganha bem, muito bem, goza de “status”, argh, e se acha. Pois esses ganham auxílio-moradia. Já os policiais que precisam ser corajosos todos os dias, que colocam o peito para o tiro dos bandidos, que saem de casa sem saber se voltarão e que ganham uma merreca não conhecem auxílio-moradia. Alguém que honre as calças em Brasília tem que rever essa vilania das elites. Elites do quê, Senhor? Quem merece, merece: os policiais. Aos demais, ao trabalho!

FALTA DIZER

No topo do Everest da vida, nos adiantados da velhice, só poderão olhar para baixo e ver as grandezas da subida os que trabalharam. Fosse no que fosse. Por dinheiro ou generosidade. A história da vida é contada pelo trabalho de cada um. O mais é dependência.

Fonte Luiz Carlos Prates




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