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sexta-feira 19 abril 2024
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Amazônia: por ajuda do G7, Brasil desiste de pedido de desculpa

Mais cedo, presidente Bolsonaro condicionou aceitar recursos externos a retratação do presidente francês Emmanuel Macron

Foto: Clauber Cleber Caetano/PR/Divulgação

O governo brasileiro está aberto a receber ajuda de países e organismos internacionais no combate a queimadas e ao desmatamento da Amazônia, desde que o País tenha autonomia plena na gestão desses recursos, afirmou na noite desta terça-feira o porta-voz da Presidência, general Otávio do Rêgo Barros.

“O governo brasileiro, por meio do presidente, está aberto a receber suporte financeiro de organizações e países”, disse ele no Palácio do Planalto. O País se tornou alvo de forte pressão internacional após o aumento —registrado por dados oficiais do próprio governo — no número de queimadas em agosto.

De acordo com o portal R7, que cita a agência Reuters, mesmo perguntado diversas vezes, o porta-voz não foi explícito ao ser perguntado sobre a fala do presidente Jair Bolsonaro, que, mais cedo, condicionou aceitar os recursos do G7 (que ofereceu R$ 83 milhões para o combate às queimadas) a um pedido de desculpas do presidente francês, Emmanuel Macron. Na semana passada, o dirigente europeu disse que Bolsonaro havia mentido sobre os compromissos ambientais assumidos pelo governo brasileiro. Em uma das respostas, Barros se limitou a dizer hoje que “comentários exteriores a esse processo não vem a somar, vem apenas dividir”.

“O governo não rasga dinheiro, não. Não rasga e não rasgará. Rasgar dinheiro não é uma coisa adequada num governo que tem a austeridade como princípio maior. E essa austeridade vem sendo apresentada à sociedade, por meio das decisões do presidente da República”, disse o porta-voz.

Barros reconheceu que o governo brasileiro está preocupado de que haja uma “desidratação” da imagem do País no exterior. Segundo ele, por conta disso, Bolsonaro determinou a órgãos do governo que avancem na explicação à sociedade nacional e internacional que certos posicionamentos em relação a ações do País “não são corretos” e destacou que se está trabalhando para combater “essa narrativa” e “debelar essa crise”.




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