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quinta-feira 18 abril 2024
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A grande diferença entre o treino de força e o treino de alto volume – Vitor Hugo

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A grande diferença entre o treino de força e o treino de alto volume
Para entender como ambos os treinos podem ser considerados relativamente diferentes, devemos entender que o sistema de alta intensidade, baixo volume e que prioriza a força utiliza de sistemas metabólicos os quais necessitam de um descanso muito maior do que sistemas de alto volume. Pela intensidade e pelos requisitos requeridos do corpo para a realização desses sistemas de treinamento, torna-se não só impossível, mas ineficaz realizar treinamentos de força querendo inserir volumes relativamente altos.

Por outro lado, podendo ser relativamente mais frequente, o treinamento que visa alto volume recruta vias metabólicas aeróbias e que suportam essa frequência e uma maior duração.

A exemplo de como ambos os treinamentos são diferentes, imagine que você vá executar um crucifixo inclinado com halteres, você realiza uma série com 6 repetições de sua 1RM, então você descansa aproximadamente 30-45 segundos e tenta realizar novamente esse mesmo feito. Com certeza não conseguirá! No entanto, tente fazer isso utilizando cerca de 15 repetições de sua 1RM. As chances de conseguir serão bem superiores. Isso ocorre provando a necessidade em que há do descanso no treinamento de força pelas vias solicitadas já citadas anteriormente.

Então, começa a ficar claro como uma mescla de ambos os treinamentos pode não ser a melhor das ideias. Se por um lado você necessita de maior descanso para recrutar vias de força, por outro necessitará de menor descanso para recrutar vias aeróbias. É basicamente como se quiséssemos ganhar uma quantidade significativa de massa muscular juntamente com uma perda significativa de gordura corpórea. Certamente, pelos processos inversos requeridos, não obteríamos êxito algum.

O treinamento de força pode ser mesclado com o treinamento de alto volume com adaptações
Obviamente, não podemos ser céticos e devemos entender que ambos os métodos de treino não serão combinados efetivamente em suas formas cruas. Isso não quer dizer que eles não possam sofrer adaptações as quais os tornem possíveis de serem combinados.

Inúmeros atletas se beneficiam de métodos os quais utilizam tanto uma forma de treino quanto a outra, no mesmo período, porém sem exigir o máximo de cada uma delas. Um bom exemplo de como isso é possível de ser feito é imaginarmos um treinamento de peitorais. O indivíduo inicia o trabalho no supino reto com repetições médias entre 4-6, um ótimo limiar para trabalho de força. Posteriormente, executa um crucifixo inclinado com halteres, também no sistema sistema de força. Passa então para o cross over em supersérie com o crucifixo inclinado visando repetições e um volume maior de treinamento… Como podemos observar, ele inicia o trabalho de peitorais com sistemas de força e aumenta o volume com o decorrer do treinamento. Imagine se nos dois últimos exercícios ele decidisse continuar o mesmo sistema dos dois primeiros… Certamente não haveria trabalho máximo no treinamento.




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